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No dia do Cinema Nacional, Paprika relembra curta premiado e evolução da produção cinematográfica

  • Foto do escritor: Carolina Alvarez
    Carolina Alvarez
  • 19 de jun. de 2023
  • 2 min de leitura

Produtora é responsável por “Noir”, que recebeu o Prêmio Especial do Júri de Gramado, e “Beatriz e a Velha Senhora”, inspirado em um conto de Cristovão Tezza.


No próximo 19 de junho é comemorado o Dia do Cinema Nacional e a Paprika Filmes relembra sua contribuição à produção cinematográfica brasileira. A produtora de Campinas é a responsável pelos curtas “Noir”, que foi finalista do Festival de Gramado e recebeu o Prêmio Especial do Júri, na ocasião, e “Beatriz e a Velha Senhora”.

A data tem como referência as primeiras gravações cinematográficas realizadas no país, em 1898. Mais de 100 anos depois, o cinema brasileiro coleciona histórias desde o desmonte da indústria, até um movimento recente de retomada recente do seu prestígio.

Referência em filmes comerciais, a Paprika atua no mercado audiovisual há quase 20 anos. Apesar da dificuldade em produzir trabalhos autorais, em meio à grande demanda comercial, a produtora se aventurou neste mercado. O curioso da história é que o primeiro passo para a produção autoral surgiu de um concurso interno de curtas, que tinha como objetivo incentivar o desenvolvimento dos profissionais e fomentar trabalhos coletivos na empresa. Na ocasião, foram produzidos 8 curtas de 1 minuto cada.

De acordo com Rodolfo Rufeisen, diretor executivo da Paprika, no ano seguinte ao concurso de curtas, a chegada de um novo equipamento foi o que provocou a produção de ‘Noir’. “Compramos uma câmera nova e no mercado da região não havia muitos profissionais freelancers que conheciam o equipamento recém-chegado. A solução foi promover um novo curta metragem, desta vez com mais estrutura e investimento. O resultado foi ‘Noir’, selecionado para vários festivais brasileiros e premiado em Gramado”.




Rufeisen relembra a dificuldade para manter a qualidade das gravações com as limitações da época. “Na época em que o NOIR foi gravado, um grande problema das câmeras era a compactação que a imagem sofria na hora da gravação. Ou seja, quando a imagem era passada do sensor para a fita magnética. Como forma de preservar a imagem sem compressão, uma ilha de edição foi levada para o set de gravação e todas as cenas foram gravadas diretamente no computador, em sua forma nativa, para que a equipe de pós-produção pudesse trabalhar com um material de mais qualidade. Com isso, otimizamos a captação, melhorando a qualidade da imagem”.

Mesmo com a dificuldade de conciliar a produção comercial com trabalhos autorais, Rodolfo Rufeisen sabe da importância de estimular novos trabalhos e fala do orgulho em produzir filmes autorais. “Por muitos anos, houve uma espécie de ‘monopólio das novelas’. A partir da década de 90 surgiu um movimento de retomada do cinema nacional e obras excelentes foram produzidas desde então. Mas ainda há uma dificuldade muito grande em produzir conteúdo autoral neste país. Por isso é tão importante que tenhamos mais produções, mais profissionais empenhados em produzir conteúdo de qualidade para consumo nacional. Para nós, muito mais do que orgulho, fazer cinema é motivo de alegria”, finalizou o diretor executivo.

Para os amantes do cinema, os curtas produzidos pela Paprika estão disponíveis no site paprikafilmes.com.br.




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